Vários fatores podem ser mencionados como possível causa de depressão pós-parto como:
Fatores psicológicos
São os originados de sentimentos conflituosos da mulher em relação a sim mesma, como mãe, ao bebê, ao companheiro e outros.
Outro é a situação social e familiar da mulher gerando sobrecarga, também podem desencadear esses distúrbios.
Sintomatologia
É um distúrbio emocional comum, podendo ser considerada uma reação esperada no período pós-parto imediato e que geralmente ocorre na primeira semana depois do nascimento da criança. Esses sintomas incluem crises de choro, fadiga, humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, confusão e lapsos curtos de memória.
Psicose Puerperal e Depressiva Crônica
Na psicose puerperal, os sintomas aparecem nos três primeiros meses pós-parto e são mais intensos e duradouros, com episódios psicóticos, necessitando acompanhamento psicológico e internação hospitalar.
A síndrome depressiva crônica é um episodia depressivo e não psicótico, com humor disfórico, distúrbio e sono, modificação do apetite, fadiga, culpa excessiva e pensamentos suicidas. O tratamento deve ser psicológico e medicamentoso, pois os sintomas podem persistir por até um ano.
O homem também pode apresentar o quadro de depressão puerperal, embora com menos intensidade. A depressão masculina tem origem nos sentimentos de exclusão diante da díade mãe-bebê. É como se ele se percebesse apenas como uma pessoa provedora que deve trabalhar e satisfazer as exigências impostas pelo puerpério da mulher.
A própria vivência emocional do parto e a possibilidade de decepção quanto ao sexo do bebê, num momento em que todos ao seu redor parecem ocupados demais para lhe dar a atenção que necessita, muitas vezes encontra saída para suas ansiedades, no ambiente externo ao lar. Daí o aumento das atividades e carga horária no trabalho, relações extra-conjugais ou mesmo somatizações com ocorrências de doenças ou quedas com fraturas, para poder também chamar atenção sobre si.

É muito difícil determinar o limite entre a depressão pós-parto normal da patológica, chamada de psicose puerperal. A característica principal desta é a rejeição total ao bebê, sentindo-se completamente aterrorizada e ameaçada por ele, como se fosse um inimigo em potencial.

Se há bloqueio materno em manifestar amor pelo filho, alguém deve assumir a tarefa de maternagem em que o bebê possa sentir-se amado e acolhido, pois sem amor não desenvolverá a capacidade de confiar em suas próprias possibilidades de desenvolvimento físico e emocional.
Neste caso, o psiquiatra deve ser consultado urgentemente e, simultaneamente ao apoio farmacológico, será aconselhada a psicoterapia.
Assim, o ambiente imediato deve estar atento à intensidade da depressão apresentada pela puérpera, no sentido de que se não puder proporcionar a segurança e a paz que ela necessita, possa pelo menos aconselhá-la a procurar ajuda profissional neste momento de crise.
Assim, se a família e os amigos colaborarem de modo satisfatório, proporcionando confiança e segurança à puérpera, principalmente no tocante às atividades maternas, sem críticas e hostilidades, mas com compreensão e carinho, acolhendo-a nos momentos de maior fragilidade emocional, a depressão pós-parto vai diminuindo de intensidade até se transformar em carinho pelo bebê e respeito pelo ritmo de seu desenvolvimento e progresso.
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